terça-feira, 6 de agosto de 2013

Após reunião com Ministério Público, Saneago decide cancelar concurso



A Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) decidiu cancelar, após reunião com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), na tarde desta segunda-feira (5), o concurso realizado no último dia 30 de junho, em Goiânia.  O certame estava paralisado desde o início de julho, depois que os candidatos denunciaram erros no cartão de respostas e durante a aplicação das provas.

Apesar do anúncio da anulação, ainda não foi definida uma data para realização de um novo concurso e como será feita a devolução das taxas pagas pelos mais de 97 mil inscritos para os cargos de nível fundamental, médio e superior.

O MP-GO abriu investigação sobre o concurso e havia dado prazo de dois meses para a Saneago reformular a nova aplicação. No entanto, durante a reunião na tarde desta segunda-feira, a promotora Leila Maria de Oliveira recomendou ao presidente da Saneago, José Gomes da Rocha, a anulação das provas, pois as irregularidades apuradas pelo órgão abalaram a confiabilidade de todo o processo.

Segundo o MP-GO, o primeiro erro identificado foi a data de publicação da sexta retificação do edital, feita às 22h30 do dia 29 de junho, dia anterior à aplicação da prova. Nela foi informando que as últimas 20 questões das provas seriam anuladas. De acordo com a promotora, essa proximidade “impossibilitou os candidatos de terem conhecimento das alterações”.

Além disso, segundo o MP-GO, muitos candidatos denunciaram que algumas pessoas saíram das salas com o caderno de questões, apenas 20 minutos após o início das provas, que houve a falta de remoção dos canhotos das provas, que constavam o nome dos participantes, e que muitos permaneceram com celulares em uso durante o exame. Outras irregularidades seriam a livre circulação dos candidatos aos banheiros, sem que passassem por detectores de metais, e a falta de coleta de digitais em algumas salas.

O MP-GO também recomendou a Saneago a escolha de uma nova empresa para a aplicação do concurso. No entanto, o presidente do órgão não descartou que o processo seja novamente realizado pelo Instituto Brasileiro de Educação e Gestão (Ibeg).

Irregularidades
 A polêmica envolvendo o certame aconteceu porque enquanto a prova apresentava 60 questões, previstas no edital, o cartão de respostas continha apenas 40 espaços para marcação. A organização do processo seletivo percebeu o erro na véspera do concurso e decidiu anular as 20 últimas questões.

Pegos de surpresa, os candidatos protestaram na porta dos locais de prova e fizeram um abaixo-assinado pedindo o cancelamento.

Primeiramente a Saneago informou que estavam suspensas apenas as provas para o nível médio e para alguns cargos do nível fundamental. No entanto, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) determinou no dia 4 de julho a paralisação integral do certame. A partir daí, a companhia teve prazo de dois meses para definir o futuro do concurso.

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